02/11/2011


Sorrir com os olhos, falar pelos cotovelos, meter os pés pelas mãos.
Em mim, a anatomia não faz o menor sentido.
Sou do tipo que lê um toque, que observa com o coração
e caminha com os pés da imaginação.
Multiplico meus cinco sentidos por milhares
e me proponho a descobrir todos os dias novas formas de sentir.
Quero o cheiro da felicidade, o gosto da saudade,
o olhar do novo, a voz da razão e o toque da ternura.
Luto contra o óbvio, porque sei que dentro de mim
há um infinito de possibilidades
e embora sentimentos ruins também transitem por aqui,
sei que devo conduzi-los com a força do pensamento
até a porta de saída.
Decidi não delegar função para cada coisa que eu quero.
Nem definir o lugar adequado para tudo de bom que eu sinto.
Nossos sentimentos são seres vivos e decidem sem nos consultar.
A prova de que na vida,
rótulos são dispensáveis e sentimentos inclassificáveis.

Fernanda Gaona

Um comentário:

Fernando Imaregna disse...

Oi amiga querida...
Quanto tempo hein ?
Aos poucos, após o desencarne de Mãe Diva, volto a perambular por aí na net, cuidar do blog e visitar os amigos...
Aqui tudo continua sereno. Lindas mensagens, como esta da minha xará Nanda...
Gosto de pensar como ela, que sim, os sentidos são necessários (olfato, tato, paladar, etc...) mas o essencial mesmo é o sentido da VIDA, do AMOR, da SENSIBILIDADE...hum rum..

Um beijo carinhoso, Deus a abençoe