"Estou de partida. Breve, me mudarei para a curva do teu braço.
Busco a terra sem vento, a mansa terra do teu peito.
E a batida surda e quente do magma mais profundo,
para embalar o meu sono.
Busco a tranqüilidade da enseada.
Já conheci as águas que é preciso saber.
Fui bem além das colunas de Hércules
e há muito descobri que por mais longe o mar,
jamais despenca.
Sereia, lancei meu canto por entre espumas,
encantei marinheiros. E eu própria naveguei,
seguindo as estrelas do céu,
contando as estrelas do mar,
até chegar a portos dos quais nem suspeitava a existência..."
Marina Colasanti
(Trecho)

Nenhum comentário: