Eu uso perfume importado e brincos de camelô...
Eu não guardo palavras, nem as certas, nem as erradas.
Eu ligo. Eu desligo o telefone. Eu ligo de novo.
Eu vejo a vida em cenas. E coloco trilha sonora.
Eu me arrependo. Eu volto atrás. Eu peço desculpas.
Eu gastos os caminhos. Eu esgoto as tentativas.
Eu vou até o fim. Dos livros, dos filmes, das dores e dos amores.
Eu duvido dos finais. E quando não tem mais jeito.
Eu acredito de novo.
Não quero adoecer por palavras e gestos não tentados.
Não quero, em meu leito de morte, ter que escrever cartas e fazer ligações envelhecidas pelo tempo e congeladas por uma falta de coragem qualquer.
Eu empresto perfumes caros e choro se perco brincos.
E adoro os filmes que começam no final.

(desconheço o autor)

Nenhum comentário: